quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Paixão


Acabou. Não dava mais. Não deu certo. Não daria dessa forma. Não aconteceu, apenas surgiu. Não cresceu, apenas passou sem que percebêssemos. Nunca foi verdadeiro, tudo não passava de ilusões, desejos desconcertados, incertos. Não deu certo desde o começo, nós que não nos deixamos levar por essas verdades. Fomos bobos, infantis... Deixamos que o impulso nos causasse a cegueira total. Estávamos cegos! Era verdadeiro, acreditávamos nisso. Mas agora a verdade, finalmente, faz-se presente em nós; os "eu te amo" logo nos fizeram acordar para a realidade, pois eles próprios estavam se cansando... Entravam num ouvido, de repente se viam sendo completamente expulsos pelo o outro; os "eu te amo" não entenderam o que acontecia, eles se sentiam destratados, desvalorizados, difamados, solitários... Sentiam-se inúteis no coração de seres tão despreparados para o seu verdadeiro valor. Logo, ganhamos de volta a visão, e agora percebo que só perdemos tempo. E foi assim a nossa paixão, como tantas outras que já sofremos; era amor verdadeiro... Ou pelo menos achávamos.

Amigo + Abraço = Consolo essencial.


[...]

O desespero e a tristeza o tomou conta. Decepcionara-se completamente, sentia-se tão sozinho que a única vontade que lhe vinha a cabeça era a de acabar com tudo de uma só vez. Ele só precisava de um abraço, ou pelo menos de uma palavra de conforto... De quem quer que fosse, ele só precisava de um amigo para dizê-lo "você não está só". Ele queria que tudo fosse tão fácil quanto ele imaginava naquele momento.
Quando Anthony pôs a cabeça sobre suas mãos, achando que já estava enloquecendo, alguém toca no seu ombro e o faz despertar, assustado. Porém, ao invés de ele querer sair correndo, ou fazer qualquer outro tipo de coisa para se “salvar” daquela mulher que havia tocado em seu ombro, Anthony se sentiu aliviado e ao mesmo tempo confortado.
Não fazia ideia de quem ela era, mas ele sabia que deveria confiar numa mulher que vestia um vestido branco, que sorria para ele de modo reconfortante, e que realmente dava um ar de sabedoria infinita – mesmo com uma aparência tão jovem.
Obviamente, a primeira coisa que Anthony fez, foi:
– Quem é você? – ele perguntou, surpreendentemente calmo.
Ela respondeu com o mesmo sorriso:
– Uma amiga.
E então, a primeira coisa lhe veio à cabeça, assim que ele recebeu a resposta: “Não há amigos, ninguém é amigo de ninguém”.
– Não quero uma amiga – Anthony murmurou, endurecido.
A mulher, que até então estava agachada, sentou-se ao seu lado, e disse com o seu ar de quem é realmente um verdadeiro amigo:
– Todos nós precisamos de um amigo, principalmente nesses momentos.
– Momentos? Que momentos? Não estou em nenhum momento!
– Ah, não? Não mesmo? – ironizou ela.
Anthony não se conteve, e desabou em choro. Aquela mulher tinha conseguido, de alguma forma, fazer com que ele se sentisse confortado, fazer com que ele sentisse que estava ao lado de uma verdadeira amiga, mesmo não sabendo que ela era.
– Meu nome é Anne, e não precisa se sentir sozinho, pois já estou aqui.
– Mas eu nem sei quem você é, de onde você veio – ele respondeu, entre soluços.
– Não precisa, por enquanto. Amigo é também aquele que consola em silêncio. Agora fique quieto e chore o quanto for preciso.
Puxou-o com cuidado para si, e o abraçou. [...]
 
(Trecho do conto "Um anjo me salvou", de minha autoria).

domingo, 6 de novembro de 2011


O silêncio da madrugada é uma boa pedida. Eu estou cansado de lhe perguntar, de lhe dizer, de me declarar, de me desculpar, de me esforçar por você... E tudo o que recebo como retorno é o seu silêncio. Não acha que o eu guardo aqui dentro do meu peito seja algo mereça pelo menos um pingo de atenção? Ou você, realmente, não faz nem ideia do que eu tenho dentro do meu peito? Tudo as baboseiras de textos de amor... Tudo não passa de mais um dos seus teatros? Então acho melhor que você saiba que o que tem dentro do meu peito não é, simplesmente, uma massa criada pelo Criador; não, não é só isso; é isso e o que o envolve, o que o faz se tornar mais forte e mais intenso... Digo até que o que o envolve é o que o mantém pulsando. Sim, sou O Mestre das Mensagens Indiretas. Mas não hoje, porque agora eu quero que você saiba que o envolve a minha massa criada pelo Criador, o meu coração, é o meu amor por você. Portanto, dê-me pelo menos um sorriso de retribuição, quando eu lhe recitar os mais belos poemas, quando eu cantar as mais belas canções para você. Eu não quero que O Criador tenha se quer a ideia de que eu não valorizo aquilo que Ele me deu, oferencendo a alguém que nem se quer é capaz de sentir o mesmo que eu sinto.
       
      Entender-nos é como encontrar uma resposta para o impossível. Mas, como acredito que o impossível não existe, ou seja, que tudo é possível, basta que eu observe o que fomos e passamos ontem para gerar as consequências de hoje. O hoje é duro, imperfeito, triste, indiferente... Enquanto no passado não passávamos de dois seres que faziam parte de uma realidade imatura, ingênuas quanto ao futuro que nos aguardaria. O futuro que nos testaria, e que agora prova que não foi verdadeiro e que motivos não faltam para explicar o motivo de nos tornarmos tão frios com nós mesmos. Não era verdadeiro, só isso.

Somos amigos!


Amigos! Vamos nos unir e nos tornarmos a verdadeira representação do que é amizade; vamos sorrir, e brincar (mesmo que não tenhamos mais idade para isso), para que os nossos sentimentos possam estar conectados num único lugar: nos nossos corações; vamos chorar e brigar, para que a nossa irmandade seja provada cientificamente de que estaremos sempre juntos, apesar de tudo; vamos dividir sentimentos, e até mesmo amores, para que até nisso estejamos amigavelmente unidos; vamos deixar que a vida nos leve para o infinito, como ela quiser que seja! Somos do mundo, somos do tudo, somos de um lugar onde não há intrigas, não há fofocas, não há ciúmes, não há falsidade... Somos amigos! Estamos em todos os lugares, em festas, baladas e em todas as confusões... Deixando todos os nossos desejos, erros e acertos mostrarem quem somos, e porquê o somos. Enfim, somos AMIGOS

Amor eterno





Eu te dei atenção, te enchi com palavras de carinho, te prometi que jamais a abandonaria; mas hoje tudo passa como se nada tivesse acontecido, para você. Que enfeito as minhas palavras causaram em você? Como elas soaram nos seus ouvidos? Por que tudo agora parece tão supérfluo, quando antes tudo era tão perfeito e tão verdadeiro? Será mesmo que eu fui o babaca em acreditar naquele amor? Ainda me lembro das nossas tardes, quando passávamos horas a fio sentados no meio do nada, trocando palavras e sorrisos reconfortantes; levávamos comidas e bedidas, tudo bem romântico, como se nada pudesse nos destruir; eu lhe chamava de amor, e você, simplesmente, repetia. Eu a abraçava com todo fervor, e você, simplesmente, sorria. Eu a beijava e a acariciava todo cheio de sentimentos, e você, simplesmente, me dizia: "juntos para sempre". Mas e agora? Onde estão todos esses momentos? Estão mesmo guardados na sua memória? Ou tudo se esvaiu a partir do momento em que percebecemos que nada é eterno? Aquilo tudo fora mesmo amor? Ou, simplesmente, um remake de um filme de romance de verão americano? Todas aquelas palavras, então, não lhe causaram nenhum efeito, não lhe transmitiram nenhum amor... Não disseram nada! Foram só as mais belas e repetititivas, que se esvaem pouco a pouco, junto com a nossa história. Faltou ação, faltaram provas verdadeiras do que sentíamos. Porém, tudo agora só tem a se perder, o agora é bem diferente; amávamo-nos, poderia até ter sido, mas numa época onde éramos nada mais, nada menos, dois jovens que ainda não sabiam o verdadeiro sentido da palavra.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

2011, O meu ano.

          
          Como posso agradecer por um ano como este? 
          Paro por um minuto, e percebo o quanto 2011 me serviu. Em todos os aspectos, sentidos e acontecimentos. Desde os poiores momentos (que hoje me servem como aprendizado), até os melhores (os quais não foram muitos, mas o suficiente para que eu aprendesse que devemos aproveitar cada segundo dos nossos momentos). Pessoas novas entraram na minha vida deixando marcas permanentes, apesar de não perceberem; perdas de algumas não propriamente ditas, mas que dentro de mim morreram em apenas dois segundos, logo após eu perceber de quem se tratavam e a quem tanto dei importância. O meu Pai do Céu me ofereceu tantas oportunidades para a minha evolução espiritual, que a minha pouca idade não me serviu de obstáculo para me deixar crescer em meu destino; um destino longo, promissor, e que tenho muito a trabalhar para chegar até ele com êxito. Porém, caminho com fé... Com a mesma confiança que entrei neste ano, e que irei sair dele acreditando ainda mais que dias melhores irão chegar sempre! Eles nunca se desviam de nós. E como diz Caio F. Abreu: "Não se preocupe, não tenha pressa. O que é seu, encontrará um caminho para chegar até você. Deus não demora, ele capricha!"
          2012, espero ansiosamente por você!